Um estudante de pós-graduação da Columbia Engineering criou um sistema que permite a deficientes visuais jogar games de corrida com a eficiência de uma pessoa com visão normal. Brian Smith, criador do projeto, conta que o chamado RAD pode ser facilmente adicionado à maioria dos jogos de corrida disponíveis no mercado.
O racing auditory display (ou expositor auditivo de corrida, em tradução livre) é baseado em uma interface de som que permite ao jogador com deficiência visual se localizar em uma pista mesmo que não a veja. O RAD funciona misturando duas técnicas de sonorização, sendo uma delas relacionada à sonoridade que modifica volume e frequência de acordo com a velocidade do carro, além de áudio multidirecional para indicar as laterais da pista, que cria um ambiente de som 3D, parecido com o usado em cinema e óculos de realidade virtual. Outro ponto é um aviso literal das curvas e possíveis obstáculos a seguir.
No vídeo abaixo (em inglês), Smith explica que a proposta era fazer com que um deficiente visual pudesse curtir o mesmo jogo que uma pessoa com visão normal e não “uma versão mais simples moldada especificamente para pessoas cegas”.
O estudante de graduação Edi Adilovic é deficiente visual e testou o sistema. Ele também relata a experiência em vídeo: “Esta sensação de aventura, esta sensação de controle que isso me deu não é comparado com nada que eu tenha testado na minha vida. Eu estava escutando diferentes informações, sons que me mostram que eu estou chegando perto de uma curva e me dá uma sensação de velocidade”.
Embora tenha feito o sistema para videogames, a proposta do estudo de Smith veio de pesquisas sobre construção de áudios para sistema de navegação e desenvolvimento de sistemas de direção assistida.
O estudante agora levará o RAD para uma conferência internacional de interação entre humanos e computadores, a ACM CHI 2018’s Conference on Human Factors in Computing Systems, em Montreal.
Além da apresentação do vídeo, Smith também levará seu estudo chamado The RAD: Making Racing Games Equivalently Accessible to People Who Are Blind (O RAD: Fazendo jogos de corrida equivalentemente acessíveis a pessoas que são cegas) em que testou a plataforma com jogadores. O estudo completo pode ser acessado no site oficial da universidade de Columbia.
Fonte: Canaltech
Legal a ideia!
Similar ao que os veículos autonomos fazem, recebem as informações dos sensores
e um processador toma a decisão.
Nesse caso, o deficiente visual toma a decisão de acordo com o audio.
É bem por aí!